Há espaço no pequeno corpo da PowerShot para abrigar um sensor ligeiramente maior que a média das compactas (7.49 x 5.52 mm). Uma das consequências desse fato são fotos um pouco melhores com ISO alto. Isto é, “alto” para uma compacta. A granulação se torna perceptível a partir do ISO 800. Daí para frente, até o ISO 3200, a o nível de detalhe das fotos decai rapidamente.
Mas a estrela dessa câmera é a objetiva. Ela possui uma ampla distância focal, que varia de 28 mm a 105 mm. Em outras palavras, a PowerShot é igualmente capaz de capturar enquadramentos muito abertos, para juntar todos os seus amigos em uma foto, e muito fechados, para pegar detalhes de objetos distantes com o zoom. Há um pouco de efeito barril na faixa da grande angular. Para se ter uma ideia do quê isso significa, se tirássemos uma foto em 28 mm de um tabuleiro de xadrez, a imagem resultante apresentaria linhas ligeiramente convergentes nas bordas.
A abertura do diafragma também é extraordinariamente ampla, variando de f2 a f4,9. Isso significa que o fotógrafo tem grande controle sobre a profundidade de campo das fotos, ou seja, pode-se escolher com que grau de detalhe capturar cada plano de uma cena. São raras as situações em que as imagens dessa câmera traem alguma aberração cromática. Quando tal defeito aparece, é sob a forma de sutis bordas avermelhadas em alguns objetos.
É verdade que essa nova versão da PowerShot filma em HD, mas, somente a 24 frames por segundo, o que limita sua capacidade de capturar cenas rápidas. Nas outras opções de resolução (640 x 480 e 320 x 240), as filmagens são gravadas a uma frequência maior: 30 FPS. De qualquer maneira, não se espera muito da capacidade de filmagem de uma máquina fotográfica.
O leitor de cartão da PowerShot é bastante liberal: há suporte para os formatos SD, SDHC, SDXC, MMC, MMCplus e HC MMCplus. Dentro desses cartões, a câmera armazena vídeos em MOV e fotos em JPEG ou RAW. Para transferir esses arquivos, contamos com a infalível porta USB. Os mais apressados também podem ligar a máquina a uma TV pela saída miniHDMI.
Não há nada fora do comum no display de três polegadas. Seus 461,000 pixels reproduzem a visão da câmera com fidelidade razoável, mas vale a ressalva de que as cores são mais saturadas que a média. Outro detalhe inconveniente é o fato de que as fotos demoram mais que o normal (cerca de meio segundo) para serem renderizadas no modo álbum.
Mesmo com um corpo tão pequeno (10 x 5,9 x 2,9), os controles dessa máquina são suficientemente bem posicionados para garantir uma operação confortável. A exemplo de outros modelos mais novos, a PowerShot possui um aro de controle extra envolta da lente, o que agiliza o processo de ajuste de imagem. Por meio desse aro é possível alterar definições como ISO, correção de gama dinâmica e outros. Outro aro, responsável por facilitar a navegação pelo menu, circunda o botão direcional da traseira. De resto, os controles são bem convencionais.
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