quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Finepix 550 EXR

Não faltam recursos à pequena Finepix 550 EXR, da Fujifilm. Além de ter GPS embutido, que registra a localização nas fotos, o modelo é capaz de filmar em full HD. As imagens feitas no INFOlab tiveram boa qualidade. Como o tamanho da câmera é muito reduzido, esbarrar nos botões traseiros é fácil. Seu flash retrátil é um pouco frágil.

A retina da Finepix é um sensor de dimensões típicas de uma compacta: 6,4 x 4,6 cm. Esse EXR CMOS também lida com situações de pouca luminosidade de forma similar à da média das compactas. No ISO 800 já se percebe uma nesga de granulação que vai aumentando até se tornar evidente no ISO 1600. A partir daí até o ISO 3200 há grande perda de detalhe nas imagens. É possível atingir níveis mais altos de ISO (máximo de 12800) com fotos em resolução mais baixa, mas o resultado final é quase inutilizável. Com um alcance de apenas 3,2 m, o flash também não ajuda muito nas sessões noturnas de fotografia.

Se o sol não abandona o fotógrafo, as imagens produzidas pela Finepix 550 apresentam um grau de detalhe superior à média das compactas. No entanto, essa câmera vacila um pouco ao reproduzir o contraste de cores em determinadas situações. Não se trata de nada muito sério, mas quando dois objetos de cores muito intensas são postos lado a lado em uma foto, a imagem final poderia distingui-los de forma mais intensa.
Enquanto o tempo de boot de 3,42 segundos não é motivo de orgulho para a Finepix 550, ela não faz feio depois de estar efetivamente pronta para fotografar. Entre o ato de apertar o disparador e a aparição da cena no LCD, passa-se em média 0,1 segundo. Já o modo de disparo contínuo alcançou 4 frames por segundo. A Finepix 550 promete ser capaz de espremer mais fotos nesse segundo, mas somente para imagens de baixa resolução. Com ou sem esse extra, ela já é bem mais rápida que a maioria das câmeras superzoom já testadas no INFOlab.

Por trás do zoom óptico de 15x está uma objetiva de distância focal que varia entre 24 mm e 360 mm. Essa é uma amplitude comum para uma câmera superzoom, mas a Finepix 550 é extraordinária por ter um corpo muito pequeno (10,4 x 6,7 x 3,2 cm). Quando comparada à categoria das compactas, essa câmera possui uma lente bem mais versátil que a média, podendo tanto enquadrar um cenário amplo quanto concentrar seu olhar em um único objeto distante.

Como era de se esperar, a objetiva não é perfeita. As fotos tiradas na faixa da grande angular, próxima aos 24 mm, sofrem com um pouco com o efeito barril. Tirar a foto de um teclado de piano, por exemplo, revelaria teclas ligeiramente distorcidas, com linhas convergentes. Esse efeito é amenizado ao longo da distância focal até desaparecer na faixa da teleobjetiva, próxima aos 360 mm.

Há ainda a presença de uma ligeira, quase imperceptível, aberração cromática na fotos, o que dá aos objetos um contorno na cor ciano. Outra questão é o fato de que a abertura varia apenas entre o f3,5 e o f5,3. Embora diafragmas limitados como esse sejam comuns entre as compactas, mantém-se o fato de essa lente não permite muito controle sobre a profundidade de campo das fotos.

A Finepix 550 filma em várias resoluções, incluindo 1080p. A captação de áudio é boa em geral, mas alguns barulhos da própria câmera costumam se intrometer no meio das filmagens. Até aí, nada de incomum. O diferencial está nas opções de frame rate. Além dos usuais 30 FPS para as capturas em 1080p, pode-se gravar vídeos a 60 FPS em 720p e a 80 FPS em 480p. Diminuindo ainda mais a resolução, a câmera alcança 160 FPS, com uma resolução de 320 x 240 pixels, e 320 FPS, com um resolução de 320 x 112.

A utilidade dessa filmagem ultrarrápida é questionável, ainda mais quando a resolução cai tão drasticamente quanto no último caso. Em geral, 30 FPS é mais que o suficiente, tanto para a captura quanto para a exibição de vídeos. Para se ter uma ideia, filmadoras tradicionais, aquelas que usam filme 35 mm e são ainda responsáveis pela maioria das gravações em Hollywood, capturam cenas a 24 FPS. Os padrões de exibição para televisão PAL e NTSC também utilizam frame rates similares. A não ser que você se chame Peter Jackson, é difícil imaginar uma situação corriqueira que exija mais do que 30 FPS.

Seja qual for o frame rate escolhido, os vídeos serão armazenados em MOV. Já as fotos podem ser salvas em JPEG ou no formato RAW, uma opção um tanto rara nessa categoria. A Finepix tem capacidade interna de 32 MB e, é claro, um slot para cartão compatível com SD, SDHC e SDXC. Os vídeos e fotos podem ser transmitidos diretamente para a TV pelas saídas AV e miniHDMI.

A tela de 3 polegadas que reproduz as imagens que passam pela lente é de boa qualidade. Excetuando-se a má localização do botão de filmagem, os controles podem ser acionados com facilidade por uma única mão. Além dos modos de exposição tradicionais, a Fujifilm incluiu um “modo EXR”. Nele o fotografo tem a opção de utilizar ajustes automáticos ou de escolher entre prioridade de resolução (força fotos com resolução de16MP), prioridade de ISO (melhora o desempenho em baixa luminosidade), e prioridade de gama dinâmica (intensifica o contraste das imagens).

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